sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A lata...


Hi.
Trabalhei alguns anos em uma empresa, na qual eu viajava todos os meses para várias cidades de Minas.
Neste período, eu tinha um colega de trabalho que possuía o mesmo cargo que o meu, às vezes acabávamos nos encontrando em algumas dessas cidades.
Esse colega tinha um hábito, de sempre que chegava em hotéis ou eventos que tivesse latinhas de refrigerantes guardados em um “Frigobar”, antes de abri-las, dava uma lavada caprichada nas bichinhas. Claro que é normal lavar uma lata, mas o cara era tosco e não ligava muito para higiene. Sendo assim, era muito estranha sua atitude. Imaginem. Um desmazelado como ele, preocupado com a lavagem de latas armazenadas em geladeiras.
Sei não heim. Um cara que deixa cair um salgado no chão, pega novamente, sopra e enfia na boca. Ia ficar lavando latinhas? Nesse coelho tinha mato!
Bem, eu sempre me questionava quanto a suas atitudes latastísticas, mas acabava me esquecendo de perguntá-lo sobre esse seu velho costume de limpar tanto as latas. Passava despercebido. Até que um dia nos encontramos em Juiz de fora. Aí, tudo mudou...
O hotel estava cheio e como só ficávamos neste lugar, resolvemos dividir um quarto com três camas de solteiro. Tratando de quem era e que sempre gostei de privacidade, fiquei meio temeroso e apreensivo com essa situação, mas não tive outra escolha. Então, durante essa hospedagem, em um determinado dia, estava eu saindo do banho e ao abrir a porta do banheiro, virei para a direita onde estavam as camas, e ao fazer essa curva fui surpreendido com umas das cenas mais bizarras, esdrúxulas, nojentas, desestimuladoras e traumatizantes da minha vida. Dei de cara com o esse indivíduo deitado na cama e pelado. Isso mesmo, arreganhado como um frango desossado. Estava com as negoças toda de fora e com uma latinha de refrigerante entre as nádegas. Foi um susto imenso. Não sei nem explicar, a sensação horrível de ver aquele sapo boi na cama, com suas asquerosas partes de fora e uma lata entre suas extremidades. Urghhhhhhhhh. Diante desse filme de terror, eu gritei:
- Que merda é essa cara?! Você está louco? Tampa essa porcaria aí! E pra quê essa lata no seu fudú? O que você está fazendo?!.
- Ahh, eu estou todo assado cara. Tenho a perna muito grossa e quando ando muito, fico muito assado, aí a latinha geladinha dá uma refrescada boa. Ahhhhrsssss
- Putzaaaaaaaa. Que titica meu. Para com isso!É Por isso que você vive lavando essas latas, não é?!
- É. Por isso mesmo. Todo mundo deve usar essas latinhas no rabo.Heheheheheh
- Todo mundo uma pinóia. Eu nunca fiz isso.
- Não fez porque você não é meio gordinho.
- Sai pra lá. Cada louco com sua doideira.
- Então vou vestir aqui para descermos e jantarmos.
- Pode ir. Não vou jantar hoje. Perdi o apetite. Rs. Tenho um salgadinho aqui. Vou comer e ficar aqui jogando um game no quarto mesmo.
- Então beleza, guarda a latinha aí pra min.
- Sem chance! Sopa de tamancos isso. Vai se lascar pra lá!Se mandar essa lata ela vai direto para o chão!
Chegando em Belo horizonte, contei para um gerente que nem gostava de uma história e de encher o saco dos outros. Contei a verdade. Falei que estava no hotel com o chumbregado do camarada, e quando saí do banheiro, o peguei tentando introduzir uma latinha de refrigerante em seu orifício bufante. Foi uma festa.
Depois disso nunca mais olhei para uma latinha com bons olhos. E sempre que possível, lavo mesmo! Essa cena vai ser difícil de esquecer.
Bicho tosco viu. Mas era uma figura. Gente boa.
Mas desde essa época, chego em hotéis e lavo as latas antes de abri-las. Forever! Coliformes fecais. Estou fora!
Tenho quase certeza que a partir de agora, vocês também lavarão todas as latas que estiverem em geladeiras de hotéis.
Ou então, corram o risco de comer alguns oxiúrus. Rs.