sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

DMID - Distúrbios momentâneos individuais da distração

Quanto tempo heim, “The time”, o de sempre. Mas vou ser breve.
Já repararam como às vezes fazemos umas patetices em locais inadequados por causa de nossa total distração. Isso mesmo. Fazemos. Vai me dizer que só acontece comigo. Pois bem, algumas delas.
Há alguns anos atrás, estava eu entrando em um elevador com minha esposa, e quando fomos virando durante este percurso, segurei sua delicada mão como de costume, e fui me ajeitando para trás; Maaaaas! Durante aquele breve momento de “adentramento”, senti uma estranha sensação de que algo estava errado naquele pequeno ambiente retangular, e isso não seria nada bom.
A entrada triunfal foi feita quase que ao mesmo tempo em que um outro casal, praticamente a centésimos de segundos de diferença, quando dei uma espiada mais holística nas extremidades daquele local, percebi um clima estranho no ar, minha esposa me olhava meio assustada, tanto quanto o rapaz que parecia ser namorado da mulher que com ele entrara. Eu, um exímio discípulo do Mr Been, no momento da entrada, segurava a mão da namorada dele ao invés dos pequenos dedinhos de minha esposa, foi uma sensação ímpar, e certamente muito embaraçosa para me desculpar e tentar explicar o ocorrido. Fala sério.
Querem mais, toma!
Como de costume, quando trabalhava em um determinado local, todos os dias saia para almoçar no mesmo “Bathorário”, descia para o restaurante como uma bala para pegar as melhores mesas que ficavam nos locais mais arejados, esse ritual já era quase sagrado, mas nesse dia, com um mestrado no “Everybody Hates Chris”, já entrei rapidamente e comecei a colocar a comida para a famosa pesagem, um feijão ali, arrozinho aqui, saladinhas, e etc, etc...Repentinamente, os olhos mais próximos daquele local de pré-abastecimento estomacal, fitavam minha face com certo espanto e anormalidade, o que comecei achar um pouco estranho, sem mais delongas, a garçonete dirigia sua educada voz a minha pessoa e dizia:
- Senhor, senhor! Tem que pegar um prato!
Vejam só, coloquei toda comida diretamente na bandeja, sem sequer utilizar um prato, como um fanfarrão desmiolado faria. É, eu sei, sem noção mesmo.
Mais? Ok.Ok!
Chegava eu todos os dias para trabalhar matinalmente naquele movimentado lugar, e sempre colocava o carro na mesma vaga, o local só enchia mais tarde o que contribuía para meu poder de escolha das vagas, entretanto, no mais tardar, outros veículos chegavam e paravam logo atrás, o que ocasionava um fila prisioneira indiana de três carangos, os primeiros carros ficavam presos com os que estacionavam atrás, mas já era costumeiro e praticamente chegávamos até juntos na maioria das vezes, e quem já sabia que saíria primeiro, até esperava para ficar atrás. Todos trabalhavam por ali e praticamente já conheciam os horários de saída e de quem eram os veículos. Num determinado dia, cheguei no local onde tinha parado o carro, e só se via vento, brisa, viração, e o pior, que logo atrás da lacuna deixada pelo meu carro, estava o veículo da pessoa que tinha o hábito de parar atrás do mim, fiquei chocado, assustado com a cena que se passava diante das minhas pupilas, era praticamente impossível retirarem um veículo da frente do outro, sem eliminar os que ficavam atrás, tão menos dava para tirar pelo passeio frontal, que era alto e muito curto, logo a conclusão, tinham roubado meu carro.
- Meu Deus! Roubaram meu carro, mas como?Como?
- Não tem jeito, não tem.
- E porque tirar o meu veículo e deixar todos os outros atrás, não é possível! E como conseguiram fazer isso? Os outros veículos não iam sair pra roubarem o meu e retornar como antes.
Ladrão Mr.M, nunca tinha visto. Fiquei irado, e não parava de passar pela minha cabeça, alguém com um enorme guindaste com um imã gigantesco, pegando o Batmóvel na frente de todos os motorizados, levantando bem alto e levando-o embora. Como nos filmes. Logo, não tive outra opção, liguei para o “13º Distrito”:
- Roubarão meu carro! Helpe-me! Roubaram o meu carro. Roubaram.
Fiquei gelado naquele instante, não parava de olhar aquela enorme cavidade cercada de veículos, imaginando como conseguiram tirar o carro dali. Como? Eu me via cercado de veículos no centro daquele vácuo, catatônico, pasmo.
Nisso, tive uma pequena admoestação, e me recordei da chegada matinal no estacionamento. Veio como uma nuvem passageira, quase que cinematograficamente, algo que eu queria acreditar, mas não conseguia. Saí em disparada para o outro lado da quadra do estacionamento, e para minha surpresa, o carrão estava lá, “estacionadinho”, “dormiiindo” que é uma beleza.
Pela manhã não sei por quais cargas d'água, estava cheio e não tinha nenhuma vaga onde parava costumeiramente, sendo assim, tive que parar em um local onde nunca havia ficado.
Liguei novamente para o batalhão:
- “Púriça”, alarme falso, Desculpe-me, achei o meu carro.
O carro nem para me dar uma “bozinadinha” se quer, um aviso ao menos, havia me deixado ali, agonizando diante de tantos faróis, mas teve seu castigo, bateram nele duas semanas depois, e feio viu.
Poderia ficar aqui por algum tempo contando inúmeros pequenos acontecimentos agradáveis, mas tenho muita coisa para fazer, e assim, tiraria muitos contos para novos Posts. E quem já não deu uma de “Bronco” e fez um monte de loucuras como essas por aí?!Anh?
Vestiu uma camisa do lado avesso e saiu para rua, meias trocadas, urinou na calça sem perceber e saiu com enorme desenho do “Barba-Papas”, esqueceu o zíper aberto, usou sapato furado na chuva, chegou no portão de casa achando que estava de Short mas estava de cueca, pingou água oxigenada nos olhos achando que era boricada, comeu bife de porco achando que era de frango e de frango achando que era de porco, e blá, blá, blá...
Tudo normal. Tudo normal. Todo mundo muito louco, só eu sou normal. Todos pensamos assim mesmo. Imagine só.