sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Lostzila na Pampulha.


Aqui em Belo Horizonte, tem uma lagoa enorme que se chama Pampulha. Em uma determinada parte dela, existe um parque ecológico com uma área verde bem grande. Entre a orla da lagoa e o parque, fica uma formação de piscinas de tamanho médio com a água da própria lagoa “(Não animal, água do Rio Arrudas)”. Em quase toda a extensão da lagoa com o parque, você só consegue visualizar a lateral dele cercada por enormes árvores com pequenas cavidades entre os arbustos. Aliás, apenas um lado do parque é coberto por árvores assim. Sendo assim, não consegue ver o que há no parque.
Uma bela manhã estava eu indo para o trabalho pela orla da lagoa, e pisava fundo no carango. Eu estava com uma velocidade aproximada de cinqüenta km “(Que venloncidade)”, quando de repente, percebi na lateral do parque, um estranho movimento como proporções animalescas pelas arestas das arvores. Tinha uma cor amarelada escura com rajadas negras. Estava com uma velocidade crescente e no mesmo sentido que eu circulava. Fiquei um pouco curioso e surpreso com aquele OVNI gigantesco que percorria entre as árvores. Achando aquilo muito estranho, com ajuda da minha brilhante e fantasiosa mente, que também cria besteiras numa veloncidandee, em frações de segundos lembrei do Lostizila do seriado Lost, e todo aquele matagal sinistro da série. Por um momento, eu parecia estar em uma cena do desenho “O mundo fantástico de Bob”. Logo em seguida, acelerei mais o carro para tentar identificar o gigante veloz e amarelado, que corria pela floresta desenbestadamente “(Consulte Dicionário Mineirês)”. Não conseguia vê-lo direito por causa de tantas árvores. Enxergava apenas rajadas amareladas muito grandes entre as lacunas dos arbustos e em grande velocidade.
Comecei a me indagar mentalmente, que animal seria aquele. Considerando seu tamanho, poderia até ser uma mistura de Girafa com Elefante, um Girafante quem sabe(Putz). Mas era impossível um mutante em 2008, e logo pela manhã. E o que um Girafante estaria fazendo no parque ecológico, se o zôo fica do outro lado da lagoa. E um animal enorme não ia fugir do zôo e correr para o parque. Mesmo que fosse um possível hipopótamo atômico, raro e recém chegado às escondidas no Zoológico. Com essas idéias totalmente ridículas e idiotas, logo descartei essa hipótese. Brincadeira a parte, lá estava eu mais curioso ainda e pensando:
- Que animal estranho será esse?
- Um parque aberto e ecológico. Não pode ter um animal com tamanha proporção neste lugar. Ali só tem pássaros e pessoas!
-Mas já acharam um crocodilo enorme ali.
-Quem sabe pode ser algo novo.
-Aqui tem muita paca também. “(Que comparação)”
Enquanto estava neste momento indagástico, filosófico, Butanizónico e científico, percebi que as árvores estavam diminuindo e era chegada a hora da revelação. Finalmente eu veria a criatura bizarra que ali transitara, e que roubava minha atenção e vinha tomando meus preciosos poucos minutos matinais de relaxamento “pré-labutal.” (Só no mineirês)
Então, acelerei mais e avistei a parte frontal do Godzila. Para minha surpresa, e em tempo real, percebi que a frente dele tinha uma cor azulada e bem menor que o corpo que o acompanhava. Ao tudo se iluminou.
Preparem-se para o que vou descrever!
Olhei bem para a lateral em que ele saía e vi um enorme caminhão saindo de dentro da verdejante selva. Tinha a frete de cor azul bem fosca e envelhecida, e uma carroceria enorme, com uma carga bem grande e rechonchuda, que parecia muito ser areia. Estava coberta com uma lona amarela em tom escuro, infestada de rajadas negras.
Eu morri de rir e pensei:
- Seu retardado!
- Ninguém vai acreditar nisso!
- Isso só acontece com você mesmo!